O senador Eduardo Girão (NOVO-CE) solicitou uma diligência externa da Comissão de Segurança Pública (CSP) no Ceará, na sexta-feira (9). A reunião, realizada na Câmara Municipal de Fortaleza, se deve para investigação de uma tentativa de fuga de presos da unidade prisional de Itaitinga, município da Região Metropolitana de Fortaleza.
Estiveram presentes na diligência o tenente coronel Alexandre Queiroz, representando o coronel comandante geral da Polícia Militar do Ceará Klênio de Sousa, Débora Lima, representando presidente da OAB – subsessão Região Metropolitana de Fortaleza, Paraíba Neto, e o general quatro estrelas Guilherme Teóphilo, além de representantes de policiais penais. Também foram convidados e não compareceram ao debate Luís Mauro, secretário da Administração Penitenciária e Ressocialização do Estado do Ceará, Ramony de Melo, diretor da Unidade Prisional Professor Clodoaldo Pinto (UP2), Joélia Silveira, presidente do Sindicato dos Policiais Penais e Servidores do Sistema Penitenciário do Estado do Ceará, Haley de Carvalho Filho, representante do Ministério Público do Estado do Ceará e o desembargador Antônio Moraes, representante da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará. Representando o poder público, estiveram, além de Girão, o senador Styvenson Valentim (PODEMOS-RN) e o deputado estadual Sargento Reginauro (UB-CE).
O senador Eduardo Girão, reclamando sobre a falta de atendimento ao convite feito a representantes do sistema prisional, comenta sobre uma inconsistência entre falas relacionadas ao ocorrido. “Ela [Joélia] disse com todas as letras que tinha havido fulga e, de uma forma simultânea, o secretário Mauro disse que não tinha. No dia seguinte, o governador Elmano não responde à imprensa cearense. Parece que estão tentando encobrir a verdade”, comenta.
O Deputado estadual Sargento Reginauro fez críticas ao governo do Estado e acompanhou Girão nas falas sobre autoridades competentes que não aceitaram o convite da diligência.
“A gente vive uma ditadura velada no Estado do Ceará, temos aqui um assunto grave a ser examinado e o sindicato que levou a público a informação não mandou um representante. Curiosamente, o sindicato não está numa audiência como essa que coloca numa situação para ser ouvido, delicada para o Governo. O secretário presisava estar aqui para esclarescer esses fatos, ele é o executivo responsável da pasta”, declara.
Reginauro ainda pergunta sobre investigações e comenta falta de ação do Ministério Público.
“Onde estão as investigações? Onde estão os policiais penais que foram reféns? Até agora ninguém ouviu esses policias penais? Ministério Público não chamou para serem ouvidos? A Controladoria Geral de Disciplina não chamou os policiais penais?”
A reunião se extendeu por três horas na Câmara Municipal de Fortaleza e finalizou com uma declaração de Girão de que a audiência terá desdobramentos, pois “o sistema prisional passa por problemas graves no estado do Ceará”.
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