Candidatos a prefeito de Fortaleza têm desafios específicos nessas eleições

A próxima sexta-feira (16) marca o início da campanha eleitoral nas ruas de Fortaleza. A Capital cearense conta com nove candidatos, dos quais quatro deles têm despontado, em pesquisas realizadas até aqui, com potencial de aparecer em um eventual segundo turno.

Estão na disputa: André Fernandes (PL), Capitão Wagner (União), Chico Malta (PCB), Eduardo Girão (NOVO), Evandro Leitão (PT), Sarto (PDT), Tecio Nunes (PSOL) e Zé Batista (PSTU). Cada um dos postulantes tem desafios a serem superados para conquistar o voto do eleitorado da Capital cearense.

Apesar de ter conseguido atrair a maior quantidade de partidos políticos em torno de sua coligação, o deputado Evandro Leitão, do PT, ainda é desconhecido do grande público. Além disso, apesar de ter atuado como dirigente de futebol e presidente da Assembleia Legislativa, carisma não é o forte do petista.

Ele terá que se aproximar do eleitorado de forma que consiga passar credibilidade, confiança e carisma. E é justamente neste ponto que os adversários estão atacando, fazendo críticas desde sua atuação à frente do comando da Assembleia até lembrando o caso da negação de instalação da CPI do Narcotráfico, o que deve ser usado com mais frequência durante a propaganda eleitoral gratuita.

Evandro deve se apesar à popularidade do presidente Lula e do ministro Camilo Santana para pontuar nas pesquisas,  ao menos nesse primeiro momento da campanha.

O prefeito Sarto, que chegou a ter sua candidatura à reeleição como incerta, resolveu arregaçar as mangas e vestir a camisa de um gestor mais popular, com uma linguagem mais coloquial, buscando se aproximar do público jovem. Bem diferente do Sarto erudito, poliglota e apaixonado pela cultura de outros países.

Em busca da reeleição, Sarto vai para o ataque de seus adversários e tenta reduzir o tamanho da rejeição que tem em relação aos outros postulantes. Em pesquisas recentes ele apareceu com quase 37% dos votos daqueles que o rejeitam como candidato. Bem ou mal, o trabalho da equipe de marketing dele está sendo feito.

Capitão Wagner, por outro lado, tem carisma e pontuou bom nas amostragens feitas até aqui. Naquela que ele chama de “campanha da minha vida”, o candidato partiu sozinho, sem o apoio de qualquer outro partido, e ainda está sendo criticado por aquele que foi seu aliado por um bom tempo, o deputado federal André Fernandes, candidato do PL. Fernandes chegou a dizer que Wagner não foi um aliado leal.

O dirigente do União Brasil vai evitar embates frontais com Fernandes, mas a falta de apoio de uma base partidária será sentida durante a disputa. Resta saber se ele, com o tempo de TV e a estrutura que tem para a campanha, conseguirá garantir a presença em um eventual segundo turno.

Fortaleza

André Fernandes, outro que vai para o embate sem aliados partidários, tem o desafio de furar a bolha bolsonarista e tentar se conectar com o eleitorado que não se sente representado pelos demais nomes na disputa. Por enquanto, o candidato tem se limitado a falar para os seus, acreditando que os mais de 1 milhão de seguidores que tem nas redes sociais podem virar votos nas urnas de Fortaleza.

Membro de um partido nanico, a Eduardo Girão falta-lhe estrutura para conquistar o interesse do eleitor. O mesmo pode-se dizer das candidaturas de Chico Malta, Tecio Nunes e George Lima. Este último só anunciou candidatura no fim do prazo das convenções, o que surpreendeu a muitos no cenário político local.